domingo, 8 de dezembro de 2013

Taquaripoca - 100 metros / 20 metros parece pouco mas não é.

100 metros nunca foi tão longe.

Sabadão mas um serviço a ser realizado. Guerrilheiros Élcio / Mildo / Leandro / Miguel.

Quero deixar bem claro uma coisa.
Essas aberturas de trilhas que fizemos nos últimos dias, é um antigo projeto do Élcio.
Não é uma abertura a toa.
Muito bem analisado, carta, curva de nível, GE e gps.
E outra coisa, não é para benefício pessoal, mas sim, para todos.
São trilhas "necessárias" mas que é difícil achar alguém que faça.
A idéia dessa trilha era:
a) do Cerro ir direto para o Taquaripoca, depois ligando ao Luar, cortando uma grande volta que hoje é feita.
b) para travessias partindo do Itapiroca rumo ao Ciririca, economizaria no mínimo 01 hora de caminhada, alguns quilômetros e muita altimetria, não vale a pena?

Bom começamos a pernada as 06:20 da manhã do Bolinha.
Chegamos no Camapuã e depois Tucum com menos de 03 horas de caminhada e com um visual daqueles.
O vale entre o Tucum e Cerro é meio complicado, muitos caminhos.
Queria deixar um agradecimento. Não sei quem foi, gostaria de saber.
Fizeram um bom serviço de fitar as árvores com uma fita laranja bem visível o caminho correto, pois no tracksource o caminho está errado, coletei esse trecho e vou solicitar que arrumem essa parte no mapa.
Depois disso teve cobra e formigueiro gigante e um grande susto para mim.
Analisando o terreno, pois tinha visual, decidimos usar uma antiga trilha que já existia, não chegamos a subir o Cerro e descer pela crista, que era nosso plano original.
No começo a trilha até tinha um caminho, depois zero, então fomos abrindo até chegar no nosso caminho traçado.
Tudo estava indo muito bem. Aí começou a virar nossa sorte.
Estávamos numa vegetação rasteira e derepende caí numa greta. PUTAQUERIU, consegui me segurar, fiquei só com o pescoço e ombros pra fora, e os pés não acharam terra firme, consegui subir e nem quis ver o tamanho da merda, zarpei fora rápido dali e tive que parar um pouco e dar uma respirada daquelas da prática de Yoga, caramba, que susto. Leandro e Miguel acompanharam o cagaço, o Élcio estava um pouco a frente.
Recomposto, simbora.
A pouco metros do cume, decidimos contornar, ao invés de seguir pelo cume / crista (decisão crucial do dia), decidimos contornar o Cume, pois a vegetação estava aceitável, e estávamos a 200 metros da trilha original para o Luar.
Só que uma coisa é certa, teoria e prática, aplicando em abertura de trilha, as vezes é uma diferença que assusta.
Entramos numa vegetação lazarenta.
Passamos um tempão nesse trecho, nessa hora, não estava rendendo muito, cansados e começava a garoar, mas ainda viria o pior.
Ficamos mais de uma hora para avançar 100 metros, assim estávamos a 100 metros do nosso objetivo.
Aí o Élcio mandou um FUDEUUUUU.
Que fique bem claro uma coisa, quando o Élcio falar que FUDEUUUU, é por que a coisa tá feia.
Chegamos num ponto onde demos de cara com gretas assustadoras e pedras gigantescas onde ficou impossível seguir com nossa linha planejada. Caramba, baixou o ânimo da turma. Paramos um pouco, onde o Élcio foi subindo só para ver tinha uma luz no túnel, sem chance. Voltamos. Tentamos descer, sem chance. Aí quebrou nossas pernas.
E estávamos a 100 metros do objetivo. Caramba nunca 100 metros ficou tão longe.
Foi a hora da decisão, tivemos que abandonar aquele trecho.
Retornamos até o ponto onde decidimos cortar o cume, e agora seguimos até o cume.
Mais um problema, chega-se numa pedra grande e o cume fica na frente uns 20/30 metros, só que dessa pedra pra frente não passa.
PUTAQUEPARIU, vai pra lá, vem cá e sem chance, por ali não passa.
Então decidimos parar com a empreitada. Pois já garoava a um bom tempo, estávamos cansados e tínhamos ainda todo o caminho da volta, que era subir até a bifurca do Cerro / Tucum / Camapuã.
Deixamos o serviço nas pendências, onde dali onde paramos até encontrar a trilha do Luar são uns 200 metros aproximados.
Chegando na bifurca começou a chuva onde foi parar somente chegando no Bolinha.
Caminhar na chuva não é de tão ruim, não estava frio, apenas quando parava.
Mas subir e descer o Tucum e Camapuã na chuva exige uma atenção redobrada.
Depois da eterna decida até o Bolinha, chegamos com final de luz do dia, cansados e com fome.
A tia lá do lugar, operou o joelho, mas tinha uns parentes dela lá e rolou uma coca gelada e coxinha / pastel para matar a fome.
O custo lá está em R$ 10,00.
E um detalhe muito importante, se chover muito só volta quem tiver 4x4, carro baixo não sobe.
Tinha chovido bastante, mas não tinha passado pouco carro. Então nosso piloto, o Miguel, conseguiu subir, mas por pouco não caímos na valeta e ficamos atolados.
Só depois de subir e cair na estradinhas pudemos realmente relaxar, agora só voltar pra casa.
E assim foi o sabadão, não terminou como gostaríamos, não se pode ganhar sempre né?
Mas dentro em breve voltaremos lá para finalizar isso.
Isso ae, valeu Élcio, Leandro e Miguel (firmeza) pela pernada e pelas muitas risadas.

Segue algumas chapas enquanto não choveu, hehehehheh

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